segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

MST

Em dias como esse paro para decidir o meu futuro. Sem cartas, búzios ou bola de cristal, sou eu e minhas palavras imersas em pensamentos profundos e sentimentos rasos. Penso se meus sonhos, mesmo que intangíveis, são capazes de dar a tranquilidade que minha alma tanto busca. Por que sempre deixar nas mãos de coisas tão incertas o destino da minha felicidade? Não deveria ela estar tão somente no meu controle? A real questão de todas as respostas que procuro é que na verdade eu não sei. Não sei o que querer pra daqui a dez, cinco anos, eu não sei o que esperar para semana que vem! Trilhei o meu caminho para verdade e condicionei meu coração para sentir. Me moldo com a alma de poeta na contramão de um mundo tão cético e frio; reparo corações alheios  na esperança de não me sentir tão só, e coleciono olhares, sorrisos, abraços e mistérios para garantir que tivesse um passado tão rico quanto o futuro que arquitetei desde menina. Já vivi amores inteiros através de relacionamentos interrompidos; já ralei meu coração com as inúmeras quedas da vida; e já perdi meu ar enquanto me afogava desesperadamente em lágrimas. Sofri, senti e me arrependi por coisas que nem sequer chegaram a acontecer, e já vivi uma vida através de sonhos de cinco minutos. Mesmo assim de tudo carrego surpresas rotineiras que me rodeiam diariamente; e inspiro ventos que mudam minha direção para o futuro incerto com a única realidade de ser feliz. De todas as minhas alternativas, me deparo com essa meia verdade que inteira meu coração, com pessoas, cheiros, certezas e sentimentos que me completam e me guiam para onde deveria chegar, no momento e lugar certo, justamente aqui.

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