Te vi arrumando as malas e, como uma profecia, você partiu concretizando meus medos. Sem olhar para traz e sem pensar em nada... você seguiu em frente ignorando qualquer vestígio de sentimento que pudesse existir em mim, como sempre. Me confundo imersa nesse mar límpido de sentimentos que fiz pra você. Abri meu coração mas me tornei cega dos olhos, e tola me neguei ao que o tempo todo me berrava ao pé do ouvido. Pouco a pouco te vejo se munindo de suas armaduras e outras mentiras que mascaram o rastro que te seguiram mais uma vez. Me pergunto se pensou em mim quando chegou onde queria chegar, te pergunto agora: "Valeu mesmo a pena?".