quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Entrelinhas

Acho que pela primeira vez na vida não estava esperando nada, mas agora que respondeu, percebo o quão importante (e dolorido) isso foi pra mim.

Muito obrigada!

Ao receber a sua resposta, acabei encontrando em mim a resposta para as minhas duvidas (eu sempre gostei de você)....

Saiba que compreendo sua posição... E espero q compreenda a minha....

Agora que só eu sei do carinho que sinto por você (esse que tanto guardei, neguei e que nunca poderei te dar)
Por isso eu escolho me afastar (não sem dor, orgulho ou qualquer discernimento).

E enquanto a você... Seja feliz... Que eu vou ficar bem!
(me ensina a te esquecer?)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

MST

Em dias como esse paro para decidir o meu futuro. Sem cartas, búzios ou bola de cristal, sou eu e minhas palavras imersas em pensamentos profundos e sentimentos rasos. Penso se meus sonhos, mesmo que intangíveis, são capazes de dar a tranquilidade que minha alma tanto busca. Por que sempre deixar nas mãos de coisas tão incertas o destino da minha felicidade? Não deveria ela estar tão somente no meu controle? A real questão de todas as respostas que procuro é que na verdade eu não sei. Não sei o que querer pra daqui a dez, cinco anos, eu não sei o que esperar para semana que vem! Trilhei o meu caminho para verdade e condicionei meu coração para sentir. Me moldo com a alma de poeta na contramão de um mundo tão cético e frio; reparo corações alheios  na esperança de não me sentir tão só, e coleciono olhares, sorrisos, abraços e mistérios para garantir que tivesse um passado tão rico quanto o futuro que arquitetei desde menina. Já vivi amores inteiros através de relacionamentos interrompidos; já ralei meu coração com as inúmeras quedas da vida; e já perdi meu ar enquanto me afogava desesperadamente em lágrimas. Sofri, senti e me arrependi por coisas que nem sequer chegaram a acontecer, e já vivi uma vida através de sonhos de cinco minutos. Mesmo assim de tudo carrego surpresas rotineiras que me rodeiam diariamente; e inspiro ventos que mudam minha direção para o futuro incerto com a única realidade de ser feliz. De todas as minhas alternativas, me deparo com essa meia verdade que inteira meu coração, com pessoas, cheiros, certezas e sentimentos que me completam e me guiam para onde deveria chegar, no momento e lugar certo, justamente aqui.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

When I Was Your Man

Hoje acordei remoendo coisas que um dia desesperadamente lutei para apagar da minha cabeça apenas para não ter a possibilidade de voltar a sonhar com um passado até então enterrado. Revirando cada lembrança e pensamentos assombrados, pedi para que não passassem na verdade de um delírio passageiro. Ainda com sono balbuciei uma musica como uma oração, e a cada estrofe brotava o silencio engasgado no peito gelado. Derramei uma lágrima seca que cortou lentamente minha face e a dor do vazio crescente me sufocava como se a náusea de todo esse sentimento crescente só não me deixava inerte a qualquer expressão como preenchia cada pedacinho de mim, extrapolando qualquer barreira do som. Mas nada é mais estranho que esse vácuo que fica na mente. Como se por traz da melodia triste existisse um suspiro de possibilidade, como se ainda houvesse um fio de esperança, como se a cada pausa fosse um sinal de talvez... como se dessa vez tivesse eu invadido seus sonhos. Nunca imaginei que o brotar de uma possibilidade poderia rasgar tanto o coração de alguém. Como se após tanto tempo perdida nessa miscelânea de sentimentos, talvez tenha feito as preces erradas aos anjos, ou talvez seja o acaso me punindo por tantas vezes ignora-lo, ou talvez a sorte tenha colocado tudo a perder, ou talvez eu só tenha sonhado demais.

domingo, 9 de março de 2014

Mais uma...

Desculpa.
Desculpa por não conseguir me portar na sua presença. Juro que não vou mais tentar rir de todas as suas piadas, falar mais alto ou procurar o seu olhar pra ter certeza que poderia estar prestando atenção em mim. Desculpa por ficar te cutucando, pentelhando mas é que gostaria mesmo de ser notada. Nunca tive a intenção de ficar te jogando para as minhas amigas, mas é que ter a sua negativa pra elas... é quase que uma meia possibilidade para mim, mesmo sendo dessa maneira sádica. Desculpa por não conseguir entender o seu desinteresse por minha pessoa e por ficar forçando ser quem eu não sou de verdade. Desculpa por não ter os mesmos gostos que você, por não ter o corpo que desejaria em uma mulher, nem os mesmo vícios que você. Desculpa por não conseguir te deixar em paz e por sempre tentar em vão te agradar. Desculpa por tentar ser sua amiga quando na verdade não são bem essas minhas intenções. Desculpa por criar em mim uma ilusão de que poderia sim agregar a minha vida na sua, mesmo sem a sua permissão. Desculpa... desculpa por tentar de novo e de novo... e mesmo assim não conseguir desistir... não querer desistir...

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Um céu comum

Procurei em vão aquele texto que me trouxe ate aqui... Vasculhei páginas, memórias e sentimentos, e nada consegui encontrar. Mais uma vez comecei a me perguntar em que momento tudo começou a se perder... foi quando, infalivelmente, voltei naquele dia.
Por todo esse tempo jurei seguir meu rumo sem seu olhos sob os meus, mas ainda me encontro parada no vazio do seu abraço. Sinto falta da sua companhia, como se já tivesse vivido o romance de todo nosso futuro incerto, e como se todo rascunho dessa historia de nós dois nunca tivesse existido um ponto final. Mas mesmo assim, tudo desde então me é tão nebuloso como a tarde fria que tentei te deixar pra trás e comecei a mentir pra mim mesma.
Me perdi quando soltei sua mão.

domingo, 17 de março de 2013

Até o ano que vem...

Te vi seguir em frente como se o passado já não existisse mais. Repenso agora em todos os textos que um dia te dediquei e todas as confusões que coloquei o teu nome, e tento mais uma vez entender onde foi que te perdi.  E junto vou perdendo meu sono imersa em memórias, perdida entre milhares parenteses e pequenas revelações. Guardo na mente o seu olhar de tristeza ao perceber que já era tarde demais para aceitar o que agora estava disposta a oferecer... meu coração agora é muito pouco e minhas palavras insuficientes e vazias por demais. Tentei em vão resgatar qualquer sentimento, vestígio ou algum sinal de que eu ainda existia dentro de você. Como de costume, fui de mansinho investigando cada vez mais a fundo para não me notar, e foi ai que para a minha surpresa encontrei outro coração.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Conexão


Há tempos que não me roubam o sono e as palavras. Tento de alguma forma reparar o impulso de um passado que ecoa na minha cabeça e abafar essa confusão que não sentia desde que ele se foi. A verdade é que tenho que falar sobre o quanto me aperta o peito toda vez que sei que está pensando em mim. E dividir o medo que sinto ao pensar que um dia isso possa a vir a acabar... Sinto esse vicio dentro de mim, leio sinais que antes estavam apagados, vejo rostos em estrelas... e de longe um sussurro em meu coração.
Uma segunda chance arriscada...talvez a uma opção... talvez sorte grande... não sei.


"...Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Dolorido-colorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender..."