quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ultimo pedido

Por muito tempo pensei que sabia de muita coisa, mas o tempo fez o favor de me provar o contrário. Pensei que podia te esquecer no menor sinal de romance; que apagaria qualquer cheiro, lembraça, rastro, qualquer vestigio seu. Levei tempo pra descobrir que suas marcas foram subcutâneas em mim. Sua marca ficou em meu corpo como tatuagem e me arrependo cada vez mais de nossa aproximação. Tento te esquecer, me esquivar de mania sua, mas vem a madrugada me atormentar. O silencio prevalece na sua ausencia. Tento noite e dia me livrar desse meu vicio que aos longos anos cultivei, mas inexplicavelmente é maio que eu. Já senti raiva, arrependimento, odio de cada pedaço de mim que não consegue te esquecer. Sonho ainda com o seu abraço que sonho exitir, mas a sua indifereça toma minha paz. Quero te deixar em paz... mas meu coração cisma em não te deixar ir embora. Cuida de mim...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

3:03 am

Um por um somos todos feitos de corações partidos; de lembranças amargas e promessas desfeitas. No fundo todos escondemos desejos negados, sonhos roubados, e vontades reprimidas. Eu e você temos orgulho ferido, palavras não ditas e tempestades desnecessárias. Muitas vezes sorrimos para não chorar, abraçamos para poder tocar e gritamos para nos calar. Escrevo para aqueles que não dormem; aqueles que na sede sentem fome; e que sem saber chegam em qualquer lugar. Minto para meu coração não sentir sua ausência; para todos que não te sinto mais; menos para você, que nunca fui capaz. Engano a todos, até mesmo a mim, vejo você no transbordo do meu olhar, não passo um dia sem pensar, entre uma rima e outra nesse vai e vem sem fim.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Crash and Burn

Sob um olhar sereno ela o encarou desejando que um dia ele viesse a ter coragem de lhe tocar. Respirou fundo, como em outras vezes fizera, para não tomar a força que a tempos vem cultivando. Engoliu o gosto amargo do orgulho para que pudesse sentir seus doces lábios novamente. E finalmente sorriu na esperança de uma aproximação. Com uma respiração ofegante e coração tremulo, tentavam uma convivência ocasional em uma série de encontros desprentenciosos. Era impossível ignorar toda a tensão do momento. O cheiro do desejo invadia todo o cômodo. Com todos os pensamentos presos em um turbilhão ... o inevitável choque de armaduras acontece. Os medos se colidem em forma de farpas, rápidos como relâmpagos em tempestades. A noite acaba com um abraço e o dia começa com um mero ascender de luz. E nada mais...