quarta-feira, 23 de junho de 2010

Nua

Gostaria de saber se ainda vai gostar de mim quando descobrir que sou feita de um apanhado de coisas imperfeitas. Espero que não se importe com um coração remendado, nem com algumas manias estranhas meticulosamente cultivadas por algumas primaveras, muito menos com várias neuras e imposições que criei desde pequena. Entenda que sou composta por várias virgulas e reticencias, e que muitas vezes fico escondida entre parênteses, mesmo quando o que sai da minha boca seja nada alem de dezenas de pontos-finais. Não sou como uma revista escancarada, colorida, viva. toda cheia de fatos e fotos, super interessantíssima, por sorte devo ter sido escrita em braile. Compreenda meus medos, ame-os na verdade, eles são a causa e a solução do inexplicável. Sou moldada por escolhas, nunca por certezas; por amizades, jamais por aparência; por citações quando me faltam palavras; e por repetições porque me são prazerosas. Saiba que não será o unico a habitar meu coração, que eu falo sem pensar, e que em certos momentos também nunca irá me entender. Não se esqueça que sou igual a você, que leio o seu olhar, e que se realmente me reconhecer, eu sou inesquecível...
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["Quando for embora, pode deixar suas coisas jogadas pelo caminho, se não quiser, não irei atrás de você, só peço que não me impeça de guardá-las com carinho..."]

domingo, 13 de junho de 2010

Comigo seu mundo ficaria completo

Gosto de você. Seu olhar por trás dessas lentes não esconde quem você é, me despe por inteira, e e mesmo assim não deixo de encará-lo. Sei que mexe no cabelo quando se sente encabulado, e que sempre tem alguma opinião, mesmo não conhecendo nada sobre o assunto. Tenta jogar mesmo quando todas as cartas estão na mesa, e me vê nua quando ainda estou de armadura. Mesmo mudada não consigo te abandonar, o que eu achava que tinha morrido, pouco a pouco vai revivendo em mim, desencadeando sensações nostálgicas de afeto que revelam o que muito teimei em negar. - Gostei de você. Tenho medo de abrir meus olhos a cada beijo e nossos olhares não se reconhecerem; ainda mais quando você parte antes que possa me acostumar com o seu toque. Meu coração acelera mostrando a inquietude de sua ausência, e junto me vem um medo... uma insegurança que bate toda vez que penso que posso te perder, de você não ser meu, e de não poder ser sua... de dar conta que isso tudo não passa de mais um sonho.
Mas ao encara-lo vejo sua boca pedindo certezas que meus olhos negam em te dar. Nessa hora que eu lembro: eu vou te fazer feliz. Vou fazer porque é assim que tem que ser, porque eu te prometi, porque eu sempre quis... porque você sempre me faz tão bem...

sábado, 5 de junho de 2010

Fria

Gostaria de saber qual o tamanho do seu ego, assim quem sabe, eu ao menos aprenda o jogo que você me envolveu desde o primeiro momento que a gente se conheceu. Não nego que fiz a pior coisa para quem estava só de bobeira; sei que você também não me impediu de te ver mais de perto, mas nada justifica o fato de eu ter permanecido curiosa por todo esse tempo. Somos dois egoístas, mas nos conhecemos os bastante para saber perceber que esse um toque a mais me foi suficientemente insatisfeito. Me dói passar a mão em seu cabelo ralo, encostar seu rosto com meu nariz, sentir o carinho de suas mãos em minha cintura, e o modo que você fez com que a nossas mãos se encaixassem perfeitamente. Não consigo entender porque ainda cismo em deletar seu telefone se meus dedos já decoraram seu número faz tempo; te evitar se já não consigo te tirar da cabeça ... insistir em saber as regras quando tenho total consciência que há tempos você já me ganhou por inteira.