Sob um olhar sereno ela o encarou desejando que um dia ele viesse a ter coragem de lhe tocar. Respirou fundo, como em outras vezes fizera, para não tomar a força que a tempos vem cultivando. Engoliu o gosto amargo do orgulho para que pudesse sentir seus doces lábios novamente. E finalmente sorriu na esperança de uma aproximação. Com uma respiração ofegante e coração tremulo, tentavam uma convivência ocasional em uma série de encontros desprentenciosos. Era impossível ignorar toda a tensão do momento. O cheiro do desejo invadia todo o cômodo. Com todos os pensamentos presos em um turbilhão ... o inevitável choque de armaduras acontece. Os medos se colidem em forma de farpas, rápidos como relâmpagos em tempestades. A noite acaba com um abraço e o dia começa com um mero ascender de luz. E nada mais...
2 comentários:
E o medo paralisante transforma o encontro.
Ah, se não fosse o medo!
Tudo seria tão diferente...
Oi Érica!
Passando aqui para dizer que adoro seus textos! Estou sempre aqui vendo o que há de novo... Me identifico muito com as coisas que escreve! Tanto que acabdo colocando no meu blog tbm, rs
Parabéns!
Abraços...
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