Não sei por que não consigo sentir nada. Percorri São Paulo inteiro em busca de uma resposta, alguma indiferença, qualquer coisa; e a única coisa que consegui encontrar foi ainda mais duvidas. Sem pensar em nada, só observava o que a vida tinha a me oferecer se aproveitasse ao máximo. Comi até dizer chega, senti o vento no meu rosto, enfrentei alguns medos, cantarolei minha musica favorita, andei pelo centro da cidade, chorei pela morte e pela cegueira, e ri muito bem acompanhada, me identifiquei por ai... mas nada, nada me fez sentir igual. Pensei ter perdido a minha magia, mas o que me incomodava, na verdade, era só a ausência do seu pedestal, que eu ainda cismava em tropeçar.
4 comentários:
"a falta do seu pedestal, que eu ainda cismava em tropeçar". Belo trecho. E ele talvez explique tudo que te fez ou faz falta, realmente.
Quem sabe um jogo de egos, ou uma utopia. Aquilo que queríamos ou que sonhávamos, mas que acabou.
O problema é aceitar isso. Somos tão estranhos, não acha?
Tenho lido um pouco de filosofia esses dias, nao que tenha entendido muita coisa.
Tem um sujeito chamado Schopenhauer que costumava dizer que a existencia humana oscila entre a dor e o tedio, e essas coisas seriam produto da vontade.
Nao sei pq, lembrei do que ele diz quando li seu texto, talvez pq tenha sentido nele o tedio de que fala o alemao.
Alias, hoje acordei assim. "nada me inspira mais...". Quem sabe 12h eu me empolgue pra almoçar.
uau!
Que lindo!
é bom quando tomamos consciência de certas coisas,né?
Será que alguem deve ficar num pedestal? Será que não deveríamos estar lá também?
Vivemos numa procura constante... Ate que, o que procuramos deixa de ser importante... Ai, novamente nao contentes, procuramos por outra coisa... Somos complexos, ne?! Belo texto!
Postar um comentário