segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Nounoune

Quando você vai deixar de ser tão você? Sabe o que estou falando... impresivelmente previsível. Não adianta esperar o que pode acontecer, pois nada pode mudar o que já passou. Suas escolhas te trouxeram até aqui e nada mais serão meras coincidencias. Posso te descrever com doces adjetivos desagraveis, alisar o seu cabelo tingido e encarar seus olhos inocentes, e mesmo assim estaremos no mesmo lugar. No fim, quem irá te salvar, quem irá te sustentar? Sei que cansou de encarar este cemitério vazio e seco. Sei que não aguenta mais enterrar tantas paixões anônimas. Talvez precise mudar de casa, ser outra pessoa, parar de procurar. Eu, que estive aqui o tempo todo, te pergunto: quando você vai parar de sonhar com a caneta na mão? Não percebeu ainda que nunca irão te escutar desta maneira?

sábado, 6 de novembro de 2010

E agora José?

Você brincou com fogo e não tem a menor idéia do que vem a seguir. Todo esse seu jogo sujo despertou o pior de mim. No momento não sei de quem gosto menos... se é de você ou essa pessoa que me transformei! Mas tudo tem o seu tempo e a sua hora, e depois desse período focado somente em suas regras, resolvi colocar as minhas teorias em pratica. Não vou mais tolerar cada movimento seu. Não me importo mais com o seu olhar, seu sorriso, e muito menos com o seu jeitinho barato de me conquistar. Não vou mais me doar... não vou mais te suportar. Agora encontrei o que me fazia falta... e desculpe amor, temo que na minha vida, não tenha mais espaço para você.

"Se você soubesse o quanto gostei de você, não iria brincar comigo deste jeito..." - disse isso pra ele.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Paradoxos

Do céu ao inferno em frações de segundos. É assim que me sinto quando estou com você. Não sei aguento essa montanha russa que cria em volta de mim todos os dias... ainda mais quando sei que viciei em cada vertigem que é capaz de me proporcionar. Esse meu desejo de ter mais de perto me confunde com esse odio que sinto quando tento me aproximar demais. Aos poucos abro mão de tudo sem perceber... dos meus sonhos, amores, das minhas noites de sono, menos de você. Esse meu vício que me corroi por dentro... alimenta as minhas mais profundas fantasias. Tento me controlar mas não consigo... é maior do que eu gostaria e pior do que aparenta ser. Sobrevivo nessa corda bamba entre o amor e o odio, que não me sustenta com medo de me derrubar ainda mais...

Me sobre um odio toda vez que sorrio de felicidade ao te ver. E me corta o coração cada sinal de esperança que cismo criar com cada olhar seu. Preciso me desligar dessa fantasia que vivo em meu dia a dia... porque você acabou se tornando meu ar... e eu já não consigo mais respirar! Não entendo como não quero mais atender seus desejos se ao mesmo tempo espero que você me faça o pedido certo. Nao quero mais falar sobre o assunto, mas você é a unica coisa que reina em meus pensamentos....
Por favor me tire da sua vida... e me leve pro seu coração!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ultimo pedido

Por muito tempo pensei que sabia de muita coisa, mas o tempo fez o favor de me provar o contrário. Pensei que podia te esquecer no menor sinal de romance; que apagaria qualquer cheiro, lembraça, rastro, qualquer vestigio seu. Levei tempo pra descobrir que suas marcas foram subcutâneas em mim. Sua marca ficou em meu corpo como tatuagem e me arrependo cada vez mais de nossa aproximação. Tento te esquecer, me esquivar de mania sua, mas vem a madrugada me atormentar. O silencio prevalece na sua ausencia. Tento noite e dia me livrar desse meu vicio que aos longos anos cultivei, mas inexplicavelmente é maio que eu. Já senti raiva, arrependimento, odio de cada pedaço de mim que não consegue te esquecer. Sonho ainda com o seu abraço que sonho exitir, mas a sua indifereça toma minha paz. Quero te deixar em paz... mas meu coração cisma em não te deixar ir embora. Cuida de mim...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

3:03 am

Um por um somos todos feitos de corações partidos; de lembranças amargas e promessas desfeitas. No fundo todos escondemos desejos negados, sonhos roubados, e vontades reprimidas. Eu e você temos orgulho ferido, palavras não ditas e tempestades desnecessárias. Muitas vezes sorrimos para não chorar, abraçamos para poder tocar e gritamos para nos calar. Escrevo para aqueles que não dormem; aqueles que na sede sentem fome; e que sem saber chegam em qualquer lugar. Minto para meu coração não sentir sua ausência; para todos que não te sinto mais; menos para você, que nunca fui capaz. Engano a todos, até mesmo a mim, vejo você no transbordo do meu olhar, não passo um dia sem pensar, entre uma rima e outra nesse vai e vem sem fim.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Crash and Burn

Sob um olhar sereno ela o encarou desejando que um dia ele viesse a ter coragem de lhe tocar. Respirou fundo, como em outras vezes fizera, para não tomar a força que a tempos vem cultivando. Engoliu o gosto amargo do orgulho para que pudesse sentir seus doces lábios novamente. E finalmente sorriu na esperança de uma aproximação. Com uma respiração ofegante e coração tremulo, tentavam uma convivência ocasional em uma série de encontros desprentenciosos. Era impossível ignorar toda a tensão do momento. O cheiro do desejo invadia todo o cômodo. Com todos os pensamentos presos em um turbilhão ... o inevitável choque de armaduras acontece. Os medos se colidem em forma de farpas, rápidos como relâmpagos em tempestades. A noite acaba com um abraço e o dia começa com um mero ascender de luz. E nada mais...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Coração Leviano

Como pode um coração ser assim tão tolo? Derretendo-se ao menor sinal de carinho... como se desse para ser leiloado por tão pouco! Coração bobo, sofredor, desmanchando-se num piscar de olhos, telefone, mensagem ou promessa. Como pode perder o rumo tão facilmente? Sem o menor medo de se partir em milhões de pedacinhos... sempre em uma nova aventura, romance ou ilusão. Não importa o que se tenha passado, o coração vai sair correndo em disparada, deixando a cabeça confusa e cada vez mais enlouquecida, sem ao menos considerar que acabou de ser reparado! Basta uma nova paixão e parece que ele renasce das cinzas, brotando sorrisos, beleza e auto estima, sem contar as inúmeras borboletas que tanto tiram qualquer ar que ousar estar no pulmão! Como pode algo tão faceiro (des)governar nossas vidas, dar brilho e força pra acreditar que tudo pode ser novo... de novo!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Rastros e vestigios

Escrevo dias a fio na esperança que me encontre. Tomo medidas desesperadas: grito pela rua, pixo paredes, invado seus sonhos, tudo para que me venha a me encontrar. Mas digo que estou ficando cansada, rouca e sem tinta... já não durmo mais. Não sei se é você que está me abandonando, ou eu que estou te perdendo pouco a pouco. Já trilhei tantos caminho e nenhum me levou em sua direção, fiz tantas teorias mas nenhuma foi o bastante pra te entender. Você quer uma boa conversa? Quem sou eu para nega-la? Posso ficar em silencio? Já falei tudo o que tinha para falar... foi só você que não me ouviu...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Achados e Perdidos

Para onde vão todas as coisas perdidas? Outro dia perdi meus sapatos, e estranhamente os encontrei dentro do armário. Já perdi várias vezes a chave do carro, minha caneta da sorte, meu cpf, meus brincos favoritos; e já os encontrei respectivamente em lugares diversos, como no contato do carro, debaixo da geladeira, na gaveta errada, e nas orelhas de minha irmã. Mas tem coisas que até hoje eu nunca descobri onde foram parar. Sei que quando perdi a calma, a encontrei num berro enlouquecido; quando perdi meus ares, fui encontra-lo na companhia da minha mais nova paixão; e quando perdi minha paz, a encontrei depois de dias chorando a fio. Outras coisas a gente não necessariamente perde, porque sabemos, no fundo, exatamente onde deixamos, como a dignidade naquele bar depois algumas doses a mais; e como o amor próprio naquele último telefonema implorando por atenção. Tem coisas também que perdemos porque pessoas nos roubam; como a expectativa de um encontro premeditado, e a esperança de que um dia seremos correspondidos a altura. Porém existem coisas que de fato não tenho a menor idéia de onde foram parar, que permanecem ausentes e raramente podem ser substituídos. Como o seu olhar seguro, seu interesse e curiosidade por mim. Suas promessas cheias de sonhos, sua atenção, o tempo que durava eternidade. Me pergunto onde foi parar todo aquele sentimento, cumplicidade, expectativas comuns. De todas as coisas que já pude ter perdido.... são essas que me são mais saudosas...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Demander étoiles

Me fale sobre o acaso. Ouvindo da sua boca me parece algo tão mais vago do que realmente é. Sei que o acaso existe quando dois olhares se encontram no meio de uma multidão. Sei que ele estava lá quando acidentalmente nos trombamos naquela festa, e eu já tinha desistido de tentar qualquer coisa. Sei que ele esteve quando deixava escapar segredos. Vi o acaso quando admirávamos a mesma lua em lugares completamente distintos. Entenda que o acaso não ocorre quando apenas uma das partes luta com a melhor de suas intenções. O acaso não esteve quando escutei suas ladainhas, e muito menos enquanto me esforçava pra te esquecer, mesmo contraria e me sentindo ridícula. O acaso nunca esteve presente quando se escondia de mim, me machucava intencionalmente, nem quando deixava de cumprir suas promessas. Mas por mais que doa, o acaso esteve lá quando, desesperada, tentei várias vezes te ligar com mil motivos decorados, e o telefone estava mudo, sem sinal, completamente indisponível, assim como você. Quando ele impediu de nos encontrarmos no mesmo lugar ocasionalmente, tive certeza que era o acaso. Foi o acaso que colocou antigas paixões para tentar apagar a nova e reacender o amor próprio. E foi esse mesmo acaso que me fez entender o porque eu tinha esquecido daquele dia, ele, pelo mesmo motivo nos colocou em direções opostas.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Descontrole

Nunca fui de ter muitas certezas, muito menos de saber bem o que eu quero. Irônico, uma vez que querer sempre me foi um estado de espírito constante. Desde sempre, a única coisa que eu que eu consigo repetir sem ao menos pestanejar é o que eu não quero. Sei que não quero ser essa pessoa que me transformei nesses últimos dias, para ser sincera, nem ao menos reconheço as palavras que saem da minha própria boca. Sendo mais sincera, não tenho me reconhecido de maneira alguma. E tudo isso porque eu não queria que você tivesse uma imagem distorcida de mim. Irônico novamente. Não quero sumir, abandonar nem fingir que eu estou bem. Não quero abrir mão dos meus interesses, não quero ser barrada pelos seus medos, não quero que arruíne minhas intenções, não quero me afastar. Só não quero como não sei se consigo. Não quero mais pedir desculpas pelo meu descontrole, mandar mensagens sem objetivo, nem me incomodar com a sua ausência. Não quero parar de me importar, não quero cobrar, não quero me precipitar e não quero acima de tudo me sabotar ainda mais. Eu só queria um pouco de atenção.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

previsão

Treine uma boa mentira, e a mantenha até o final. Negue, cobre, revele-se, mas nunca por inteiro. Prometa, iluda, jogue o jogo que quiser. Invente e reinvente-se. Finja que não viu, ouviu, ou falou. Dê risada, se contradiga, suma. Ignore, traia, brinque, trapaceie. Faça o que fizer... seja você.
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[repita: cuide do que tem nas mãos, não se desespere com o que te escorre entre os dedos. - chore]
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"Novamente pareço frívola.
. Mas não sou.
. Estou é com o coração partido. " - Marian Keyes

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Negação [1]

Mais uma vez eu tenho que falar que preferiria que nunca tivesse te conhecido. Talvez com um você inexistente as horas passassem mais sossegadas, e meu pensamento poderia, quem sabe, estar centrado somente em mim mesma. Ainda não aprendi a gostar pela metade, mesmo sabendo que não te tenho por inteiro; e começo a desconfiar que eu me sentia melhor quando um "nós" era somente um ato falho. Odeio essa insegurança que vem com a sua ausência, me doí esse sentimento de indiferença que some toda vez que te vejo. Não quero mais brincar se é só o meu coração que disputa com o seu ego. Não quero mais te ver, se só isso te satisfaz.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Nua

Gostaria de saber se ainda vai gostar de mim quando descobrir que sou feita de um apanhado de coisas imperfeitas. Espero que não se importe com um coração remendado, nem com algumas manias estranhas meticulosamente cultivadas por algumas primaveras, muito menos com várias neuras e imposições que criei desde pequena. Entenda que sou composta por várias virgulas e reticencias, e que muitas vezes fico escondida entre parênteses, mesmo quando o que sai da minha boca seja nada alem de dezenas de pontos-finais. Não sou como uma revista escancarada, colorida, viva. toda cheia de fatos e fotos, super interessantíssima, por sorte devo ter sido escrita em braile. Compreenda meus medos, ame-os na verdade, eles são a causa e a solução do inexplicável. Sou moldada por escolhas, nunca por certezas; por amizades, jamais por aparência; por citações quando me faltam palavras; e por repetições porque me são prazerosas. Saiba que não será o unico a habitar meu coração, que eu falo sem pensar, e que em certos momentos também nunca irá me entender. Não se esqueça que sou igual a você, que leio o seu olhar, e que se realmente me reconhecer, eu sou inesquecível...
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["Quando for embora, pode deixar suas coisas jogadas pelo caminho, se não quiser, não irei atrás de você, só peço que não me impeça de guardá-las com carinho..."]

domingo, 13 de junho de 2010

Comigo seu mundo ficaria completo

Gosto de você. Seu olhar por trás dessas lentes não esconde quem você é, me despe por inteira, e e mesmo assim não deixo de encará-lo. Sei que mexe no cabelo quando se sente encabulado, e que sempre tem alguma opinião, mesmo não conhecendo nada sobre o assunto. Tenta jogar mesmo quando todas as cartas estão na mesa, e me vê nua quando ainda estou de armadura. Mesmo mudada não consigo te abandonar, o que eu achava que tinha morrido, pouco a pouco vai revivendo em mim, desencadeando sensações nostálgicas de afeto que revelam o que muito teimei em negar. - Gostei de você. Tenho medo de abrir meus olhos a cada beijo e nossos olhares não se reconhecerem; ainda mais quando você parte antes que possa me acostumar com o seu toque. Meu coração acelera mostrando a inquietude de sua ausência, e junto me vem um medo... uma insegurança que bate toda vez que penso que posso te perder, de você não ser meu, e de não poder ser sua... de dar conta que isso tudo não passa de mais um sonho.
Mas ao encara-lo vejo sua boca pedindo certezas que meus olhos negam em te dar. Nessa hora que eu lembro: eu vou te fazer feliz. Vou fazer porque é assim que tem que ser, porque eu te prometi, porque eu sempre quis... porque você sempre me faz tão bem...

sábado, 5 de junho de 2010

Fria

Gostaria de saber qual o tamanho do seu ego, assim quem sabe, eu ao menos aprenda o jogo que você me envolveu desde o primeiro momento que a gente se conheceu. Não nego que fiz a pior coisa para quem estava só de bobeira; sei que você também não me impediu de te ver mais de perto, mas nada justifica o fato de eu ter permanecido curiosa por todo esse tempo. Somos dois egoístas, mas nos conhecemos os bastante para saber perceber que esse um toque a mais me foi suficientemente insatisfeito. Me dói passar a mão em seu cabelo ralo, encostar seu rosto com meu nariz, sentir o carinho de suas mãos em minha cintura, e o modo que você fez com que a nossas mãos se encaixassem perfeitamente. Não consigo entender porque ainda cismo em deletar seu telefone se meus dedos já decoraram seu número faz tempo; te evitar se já não consigo te tirar da cabeça ... insistir em saber as regras quando tenho total consciência que há tempos você já me ganhou por inteira.

sábado, 17 de abril de 2010

Peter Pan

" - Me deixa fazer parte de tudo isso? Precisamos nos ver! Você nem imagina o quanto ando pensando em um "nós"... me espera? Porque quando chegar, quero de vez... quer também?

- Esperar? Ultimamente tenho a impressão que a minha vida esperei encontrar alguem como você cruzasse meu caminho... "

terça-feira, 13 de abril de 2010

"Eu não vou me apaixonar..."

Não, não adianta insistir, eu não vou me apaixonar por você. Não vou cair no seu charme, muito menos nos seus encantos; eles não vão funcionar comigo. Não me importo com o fato de querer me impressionar sempre com citação certa, ou com a mesma frase no final das cartas: "Preciso te reencontrar...". Pra mim faz pouco impacto que você não se importe com a ideia de que não revele todos meus segredos e mistérios; menos ainda saber que o que mais deseja, de fato, seja descobri-los por si só pouco a pouco. Não pretendo me impressionar com suas promessas de telefonemas, visitas, abraços apertados ou de beijos milimetricamente estratégicos em cada pedacinho do meu corpo. Não quero saber de seus planos que já criou para nós dois, que pretende se encaixar na minha vida, conquistar meus pais, casar comigo, e fazer de mim a mulher mais feliz do mundo ao seu lado. Pouco me importa o fato de você não me tirar da cabeça, e não ter a vergonha de assumir que ficou completamente dependente de mim. Não me interessa o fato de querer meus sonhos para a sua realidade, que cisma em chamar de nossa; muito menos a ocasião em que nos conhecemos. Não quero saber, ouvir pensar mais nada... só quero que saiba que, apesar de não me apaixonar por você, ainda é o seu olhar que procuro toda vez que abro meus olhos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Encontros e desencontros

Cansei de beijos fáceis e amores passageiros. Quero voltar a me perder. Quero aventura, perigo, poder escolher o incerto, ter algo verdadeiro. Cansei de relações cordiais e ilusões mútuas. Não é demais pedir algo menos abstrato, mais palpável, algo além de palavras vazias. Cansei dessa história de príncipe encantado e relacionamentos perfeitos. Quero acreditar que faço meu final feliz, ser dona do meu destino, criar tempestades. Cansei de tentar ser perfeita, interpretar a boa moça, fingir que não sinto nada. Sou complicada, sempre fui, gosto de desafios, dos venenos mais amargos. Quero abraçar o mundo... quero conquistar o mundo... quero desbravar.. quero te descobrir.

domingo, 4 de abril de 2010

Não adianta

Me odeio tanto no dia seguinte. Você não sabe como eu gostaria de ter evitado tudo isso. Não vou pensar em você, nem vou me apegar, vou tentar esquecer, juro que vou me controlar. Não vou criar oportunidades, nem imaginar expectativas, sem sonhos ilusões, vou com certeza me afastar. É o que repito em minha cabeça. Mas uma parte de mim te quer tanto bem mais de perto e nem sabe como fazer isso. Essa parte que sente ciúme despretensioso quer te roubar pra mim quase que como um safanão. Soa estúpida a ignorância dos meus apelos. O nosso beijo pode ter sido um erro, ainda mais quando me dei conta que havia tirado meus pés do chão.

sábado, 3 de abril de 2010

Marca página

Eu que sempre soube ler as entrelinhas, sou cega perto de você. Não consigo ver as coisas mais básicas escancaradas na minha cara. Não compreendo sequer seu olhar, eles ainda me reconhecem, ou já me esqueceram? Suas palavras, declarações, textos.. sempre tão vagos, nunca tenho a certeza se são para mim ou para quem quiser escutar. Seu toque, como de outras pessoas, as vezes me parecem tão frio... se é mesmo tudo verdade, por que ao seu alcance ainda me deixa partir? Não era pra ser um abraço curto pra não sufocar? Dei o seu espaço, ouvido e um ombro amigo... contive minhas expectativas, medos e inseguranças; deixei de falar o que realmente pensava, temia e criticava. Tentei não te assustar quando lidava com minha armadura e ainda menos quando aos pouco fui me despindo a você. Me segurei para não fantasiar demais, revelar demais, balbuciar demais.. mesmo fracassando, ainda não te vejo, mas ainda não te perdi. Pela primeira vez eu fiz uma promessa... mas não sei se é a última vez que me entrego ao desconhecido.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Amanhã...

Ela saiu correndo, abriu os braços e olhou para cima instintivamente. Girou e girou até que suas pernas ficaram bambas. Com as mãos no joelho, recuperou o fôlego, e após uma última encarada para a imensidão estrelada sob sua cabeça, apertou os olhos e fez um pedido com um meio sorriso escondido no canto da boca. Ninguém além dela sabia o que havia desejado no momento, ninguém além dela sabia o que tinha no papel que apertava contra o peito. Com os olhos cheios de esperança e determinação, tentou disfarçar uma lagrima que calou com um sorriso. Ela, como tantas outras vezes, sabia que havia chego a hora. Mas ao invés de lutar, berrar e resistir; decidiu pela primeira vez seguir em frente. E foi assim que ela partiu...
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["Uma vez eu tive uma ilusão e não soube o que fazer, não soube o que fazer com ela... não soube o que fazer..." - Marisa Monte]

segunda-feira, 22 de março de 2010

(des)Fragmentada

Hoje eu sou ímpar. Me sinto como uma cópia de um quadro abstrato, colorido em um mundo daltônico, um cristal trincado. Você me fez assim quando simplesmente escolheu não estar lá. Agora quem vai recolher o resto do meu coração partido? Também já não estou mais lá, na verdade nem sei mais onde estou ou quem sou. Um colar de diamantes brutos, boto em alto mar, um lobo adestrado, girassol sem par? Você me fez em pedaços de coisas inacabadas.

Me enganando

Pelo menos eu tentei, pela primeira vez; esperei , tive paciência, criei oportunidades, tentei não sabotar. Ao menos tive a chance de tentar ser correspondida, testar novas experiências, dividir meu tempo sem ser egoísta, poder compartilhar. Por menos já tinha esquecido, largado mão, feito barraco e jurado nunca mais ligar, chorar ou pensar. Com menos tempo já tinha me conformado,levantado minha cabeça e ido embora sem olhar pra trás.
Mas você valia mais do que isso, significava mais do que pensei. Por mais que tivesse engolido meus defeitos, pelo mais que valesse batalhar, com mais sinceridade, carinho e afeto, eu continuo merecendo mais do que vinha disposto a me oferecer. E isso é o de menos.

domingo, 21 de março de 2010

Deficiência

Não consigo compreender essa minha mania de me machucar. Por que magoar o coração, querer somente aquilo que não se pode ter, insistir quando não se tem mais além? Por que não optar pelo mais fácil, apreciar o agradável, gostar de quem gosta de você. Converso todos os dias com a mesma imagem cansada do espelho, com os mesmos questionamentos, idéias e ideais, com as mesmas ladainhas repetidas, vivendo como se fosse pelos olhos de outra pessoa. Não sei o que vão pensar de mim falando tudo isso, mas nesse momento nada disso importa. Não quero passar uma vida fugindo de tudo que me parece bem, cansei da desconfiança que amedronta meu espírito toda vez que sinto que vai ser diferente dessa vez. Continuo tendo provas diariamente que as pessoas são surpreendentes... mas mesmo assim não consigo me entregar. Deve ter alguma coisa errada nisso tudo... só não sei se são os outros.. ou eu mesma!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

E se não descubro.

Um grito. É a unica coisa que me vem a mente no momento. Sem misterios, charmes ou qualquer postura. Queria arrancar o que te reveste, desmascarar suas cantadas, destruir a sua cara de pau. Estou com tanta raiva que mal consigo me expressar. Não me importo que me engane com seus galanteios, nem com a ausencia de suas promessas, muito menos com o fato de saber que estou longe de ser a unica. O que me dói agora, que me tormenta e me corrói é o fato de me roubar o momento, o nosso momento, o meu momento. Custava você deixar ele guardado como uma boa lembrança, um segredo nosso que só a gente pode resgatar? Tinha que se desfazer, virar piada e colocar na boca de seu outros amores? Por favor me diga se realmente precisava transformar o depois assim em absolutamente nada?

[respiração]

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Desassossego

Sinto como se conhecesse por onde andaram seus pés cansados e soubesse para onde vai cada passo seu. Viajei dias por atraves do seu olhar, e meu dedos conhecem cada ruga de seu rosto. Imito todos os seus tiques como uma dança, explico suas gírias e enumero suas manias repetidas. Leio cada movimento seu como se eu fizesse da mesma maneira há séculos. Saboreio cada mistério que te cerca, persigo seu cheiro por onde vai, e conheço cada nó de seu cabelo. Conto histórias de suas cicatrizes, aperto onde dói, e engrandeço o que já teria esquecido. Criamos, juntos, um mundo de fantasias para consumir mais e mais do outro, e nos distruimos quando não temos mais saída.
Depois de tanto tempo descobrindo do que você era feito, acabei nos matando. E mesmo te cercando e te seguindo, você ainda me escapa entre os dedos ao menor golpe de vista. Não te perco, não te tenho, te conheço... mas mesmo assim já não nos reconhecemos mais.

[ “O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe de graça – que se chama paixão.” – Clarisse Lispector. ]

sábado, 2 de janeiro de 2010

Cinco minutos

Gostaria de um momento de sua atenção porque eu preciso falar uma coisa muito importante para mim neste exato momento. Preciso desesperadamente me desprender de você. Tenho quase certeza que não sabe o quanto sofro com sua presença. Juro que adoraria falar um pouco mais sobre isso, mas este é o máximo que consigo me expressar agora. Nem tente compreender, eu mesmo já desisti de pensar sobre o assunto. Não penso em você como desejo, na verdade, nunca cheguei a pensar; te quero mais por dentro, cutucar a sua ferida e desvendar os seus segredos a ponto de dividir nossos medos. É esquisito falar desse modo como sofrimento, mas é que quero tocar quando até olhar me é proibido. Sonho com você todos os dias, perdendo noção de tempo e de saber se estou acordada ou dormindo. Imagino futuro, penso em nosso passado... ainda vivendo somente com o presente. Isso tortura minha mente de um modo que não consigo me expressar. Gostaria de ser mais para você, mesmo sabendo que eu somente não sou o suficiente. Não sou pouco, nem muito, sou eu mesma, crua, nua... e plenamente verdadeira. Mas acho que você nunca vai saber disso.